sexta-feira, 12 de agosto de 2011

ANÔNIMOS E ATALAIAS DE DEUS


 “Meu filho, se Deus te chamou para ser missionário, eu ficaria triste ao ver-te ser reduzido a um rei"(C. H Spurgeon  em conversa com seu filho).


A epígrafe acima parece apreender parte da intenção do autor quando optou pelo tema que nortearia todo o trimestre. Ora, certamente os sujeitos que protagonizam essas ações, haveriam de ser tão somente pessoas comuns, sem nenhuma legitimação institucional -não eram evangelistas ou profetas convencionais- no entanto, suas ações atípicas seriam de um valor também imprescindível. Essas "histórias vistas de baixo", demostram o quanto isso coaduna com o espírito do evangelho, afinal, a lógica do grande mestre parece subverter a ordem social estabelecida, os ditos excluídos, marginalizados, pobres, pequenos, mulheres e crianças, encontrariam nele um ombro para se amparar, além disso, contribuiriam para espalhar sua doutrina mundo afora. Exemplos desmedidos são enumerados pelas inspiradas letras (diga-se, pelo texto verbalmente inspirado), basta mirar os casos de Antioquia da síria -onde foram batizados de cristãos- e as comunidades cristãs estabelecidas durante a primeira diáspora judaico-cristã, de sorte que, ao se deslocarem àquelas igrejas, os apóstolos e evangelistas muitas vezes tinham apenas um trabalho de cunho administrativo-doutrinário. Claro, que somando tudo isso, o resultado eram comunidades estruturadas e consolidas sobre a base indestrutível do evangelho de Cristo.
Que o Senhor Deus ilumine todos os alunos da EBD 2011/8, bons estudos!




quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PARTICIPEM DA EBD-2011

Sejam todos bem vindos à escola bíblica dominical. Neste ano estamos sob a coordenação dos irmãos Nilton e Idelmar. No primeiro trimestre estudaremos o segundo tratado de lucas, os "atos dos apóstolos" comentado pelo pastor Eliel A. Alecar. Sabendo que as ações da igreja começaram a ser descritas a partir da escrita histórica do médico amado (Lucas), e continua essa mesma igreja como sujeito histórico através do tempo delineando suas ações até que se cumpra os desígnios de Deus para sua noiva enquanto na terra estiver. Que história estamos escrevendo? é bom lembrar como já dizia Le Goff, que  "o presente está encerrado sob o peso do passado e a esperança de um futuro escatológico"( Le Goff, p. 203). Nesse aspecto é que se insere o presente/futuro da igreja como resultado de um passado glorioso, logo, o desfecho final além daquilo que já foi enunciado por Deus dependerá da forma como entendemos o passado, encaramos o presente e esperamos do futuro!

Não se esqueçam de contribuir com a a EBD, deixem seus comentários e discussões e passem pela enquete relacionada nesse blog. abraços  e a paz do Senhor!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

UM ANO VERDADEIRAMENTE NOVO!



"E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho" (Ap, 1;5).


    Novo Ano, vida nova, ou velhos hábitos ano afora? Muitos encaram a passagem de ano como uma oportunidade de mudar de vida, uma chance de recomeçar, como se o ritual por si só, fosse capaz de promover mudanças substanciais como em passe de mágica. Numa concepção antropológica, a passagem de ano pode ser encarada como um "rito de passagem" à guisa de um batizado romano,ou o Bar-Mitzvah do garoto judeu de 13 anos, ainda, o aniversário da menina-moça de quinze anos. Ora, o significado varia dependendo das diferenças culturais, das sub-culturas regionais, dos grupos sociais, etc. No entanto, sem desmerecer a importância dos ritos para a conservação da memória e da identidade, seria necessário o entendimento de que um ano, só poderá ser realmente novo se corrigirmos as velhas práticas errôneas dos anos "idos e vividos", como já dizia o imortal Machado de Assis.

    Outro gigante, Carlos Drumond de Andrade, uma vez disse que “é dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre”, dessa forma, um ano pode se tornar novo quando encaramos com seriedade nossas responsabilidades enquanto servos de Deus, cidadãos, pais, mães, filhos (as), etc. Claro, que em certa medida o ano se torna novo quando trabalhamos para que isso aconteça. Isso se dá ao sairmos de nossa zona de conforto e enfrentamos os desafios oriundos dessa ação. Passagem de ano é tempo de projetar, estabelecer metas, planejar a vida, como se as páginas velhas e desgostosas de nossa história se apagassem e um novo campo em branco se auto-organiza no escopo de instituir nova literatura de vida. Mais o que fazer com os projetos? Antes disso, o que devo planejar? Certamente, a maioria dos planos de final de ano por mais legítimos que sejam, são postulados do imediatismo do individualismo-materialista, desprovidos da alma cristã. Daí, o desprendimento do ritual onde as metas cujos resultados são de curta duração devem ser preteridos (e não abandonados) pelo projeto de uma vida inteira, como no antigo provérbio chinês onde, “se sua visão for para um ano, plante trigo. Se for para dez, plante árvores. Mais se sua visão for para uma vida inteira plante pessoas”. E Deus? Bom, ele é o Senhor das coisas novas e certamente fará cumprir as promessas referidas na epígrafe  desse texto.


Ev: Fábio de Sousa Neto