Em 2011, celebra-se o centenário das assembléias de Deus no Brasil, há exatos cem anos nascia a denominação que viria ser uma das mais importantes instituições de caráter pentecostal no mundo. O que nos chama a atenção entre outras coisas, é o espírito altruísta de seus pioneiros, despreendidos de qualquer intencionalidade senão, anunciar aquilo em que de fato criam. O sucesso desse movimento só pode ser esplicado, tendo em vista, a aprovação divina ao dedicado trabalho de amor empreendido por obreiros estrangeiros e locais. Os rumos da igreja brasileira foram traçados por aquela mesma fé de Abraão, avançando suas tendas além dos limites da compreensão natural, na proporção das estrelas do céu e das areias do mar. Ora, certamente aquela igreja nascida no norte do país e espalhando-se rapidamente do Oiapoque ao Chuí enfrentou batalhas sangrentas levando em consideração o "establishment" social na temporalidade em que ela se inseria.
Hoje, a igreja enfrenta desafios próprios de sua época, uma outra configuração social resultado das transformações sócio-cultural-econômico, além das agitações no seio da própria cristandade, onde muitos abandonaram a ortodoxia bíblica e teológica, seduzidos pelas proposições do pós-modernismo e da teologia carcomida da alta-crítica e dos minimalistas. Como se não bastasse, ainda temos de conviver com toda sorte de "ismos" em sentido negativo à exemplo das implicações materialistas exacerbadas do neopentecostalismo e os modismos teológicos e litúrgicos hoje em voga. Não sou contra as mudanças necessárias e positivas que porventura ocorram no lócus da denominação, no entanto, a mesma, que um dia foi um paradigma norteador da fé pentecostal, hoje se vê solapada pelo "espírito da época".
Que no ano do centenário possamos empreender esforços no sentido de dar prosseguimento a obra que foi iniciada com o fervor missionário de Vingren a dedicação de Berg. Qual é nossa principal meta de vida? a resposta deveria ser a mesma de um candidato à vaga de executivo em uma grande empresa a seu entrevistador, "ir para o céu e levar o maior número de pessoas comigo!".
Deus salve o Brasil!
a pregação do evangelho se tornou hoje algo muito raro de se ver, e olha que hoje temos muito mais facilidades para anunciar o evangelho, temos tecnologias para isso. infelizmente neste centenário das assembléias de Deus, vemos uma igreja que se preocupa apenas com o bolso, com o bem-estar do prédio da igreja, deixando os seus membros as traças, igrejas mortas espiritualmente, obreiros que não sabem dar nem uma simples saudação, por falta de preparo e de oportunidade para aprender, ou por incentivo para buscar o conhecimento. vamos mudar a nossa igreja, priorizar as vidas, as almas, porque são elas que vão entrar no céu.
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